Perdidos e achadaos

Raramente encontro o que eu perco, aliás, quase nunca. Não me lembro de ter encontrado algo que tenha perdido. Das seis vezes que perdi a minha carteira, nunca consegui recuperá-la. Eu, em menos de dez meses, num certo ano de minha vida, perdi três vezes os meus documentos. Na época, vivia num mundo estressado, tinha que dá conta de várias coisas ao mesmo tempo: mestrado, pesquisa, trabalho e um relacionamento totalmente conturbado.
Lembro-me de que não tinha céu, não tinha estrelas, não via a lua – estavam perdidos em algum lugar.
Sempre precisava perder algumas coisas para recuperar outras. Nunca acumulei muita coisa.
Com relação aos meus amores, nunca fui capaz de guardá-los com segurança – sempre os perdia fácil. Mas neste caso, sempre ganhava outro.
Hoje já não perco documentos e carteiras, estou mais atento.
Tenho todo um céu pra mim. E os amores...bem...os amores serão sempre perdas e danos e é, certamente, uma outra história.


Paulo Francisco

3 comentários:

  1. É verdade! Uma outra história... dentro da mesma pele. Com o tempo aprendemos a aperfeiçoar as perdas. Dos amores.


    Bom fim de semana.

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  2. Oi Paulo,nós aguentamos tudo!Perder documentos,perder amores,mas nunca perder a fé!Porque a fé remove montanhas.
    Quem sabe um dia você possa achar tudo aquilo que perdeu a anos atrás.
    Eu nunca perco a esperança de consegui encontrar uma pessoa que pra mim é muito importante!Eu sinto por ele um amor diferente,talvez um amor de irmão.Não consigo explicar!!Mas tenho fé que um dia quem sabe,vou poder encontrar tudo que perdi.
    Beijinhos.

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  3. Sou dessas que perdem tudo também e sequer consigo reencontrar nada, inclusive os amores. Sigo perdendo, só pra variar.

    Beijo!

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