A temperatura baixou bruscamente. O dia ficou gelado,
encolhido, seduzindo a preguiça. Cobri-me com a penumbra da tarde e deixei
guardado na caixa do tempo todos os compromissos. Deitei-me na esperança de sonhar colorido. Eu
não gosto de dias cinzas quando estou em casa. Principalmente quando eles vêm
com chuva fina, impedindo-me de ficar na varanda. É dela que tenho a melhor
vista. E é nela que encontro o meu horizonte.
A temperatura caiu tão rapidamente que não tive tempo de
reagir. O dia surpreendeu-me com suas mãos frias e úmidas. Eu não gosto de
surpresas geladas. Eu não gosto de sentir frio. Tornei-me a cabra-cega no meio
do redemoinho. Perdi meu norte. Fiquei sem ninho.
A temperatura diminuiu tão bruscamente que paralisou o meu
peito. Deixando o meu coração aflito. Eu não gosto dessa disritmia desesperada
como se estivesse por um fio.
Foi tudo tão repentino que fiquei perplexo com tamanha
frieza.
Paulo Francisco
Ninguém aguenta a frieza e cerração, neblina assim... Dentro ou fora precisamos cores! abraços,chica
ResponderExcluirDe repente, não mais que de repente.
ResponderExcluirAs coisas acontecem tão rapidamente que me assusta.
ResponderExcluirAssim como a mudança da temperatura.
Eu também não gosto do frio,e nem de surpresas.Adorei o texto!
Boa noite Paulo.