Quando pegou um novelo de lã para fazer um cachecol, os filhos estranharam aquela atitude, afinal, tinha em seus conceitos uma mãe moderna, possuidora de facebook, blogue e que curtia relações virtuais. Vânia respirou e pensou. ¨ Deixe-me fazer este presente pra ele. ¨ Ele? Bem.., ele era o novo namorado encontrado por fios invisíveis que ela sonha em tê-lo por fios tecidos.
Léia, secretária poliglota de uma empresa nacional, era a ponte entre os importadores e seu patrão. Este, de pouco estudo, conseguira vencer na vida, com muito trabalho e arrojo – nunca tivera medo de arriscar, contrário de Léia, que por medo de perdê-lo, permaneceu secretaria e morrerá secretária, poliglota e suspirosa.
Laura, Esse será o seu nome!. Exclamou a avó quando a menina nasceu. Todos acharam que era um nome fora de moda, duro e sem brilho. Todos, exceto a avó, estavam errados.
Paulo Francisco
Durmo contemplando o céu marinho, acordo com ele azulzinho. Não gosto de discursos, gosto mesmo é de poesia. Odeio conversas fiadas, mas adoro uma boa história contada.
Elas
Abigail sempre soube que seria Arquiteta. Passou no primeiro vestibular que fez. Nunca perdera um projeto, mesmo que a margem de lucro fosse diminuída. Seu sucesso dependia, também, dos outros sócios minoritários. Trabalha com mão de ferro. Todos a tratam com certa cautela face o seu temperamento bipolar.
Abigail nunca se casou, já até pensou, mas, ela não sabe como arquitetar um bom plano para esse lar. Tem medo de não conseguir.
Nara era uma menina sapeca. Tornou-se uma adolescente linda e problemática. Não gostava de estudar, mas adorava namorar. Sorria, com os elogios recebidos. Ela não terminou o ensino médio – não conseguia se concentrar. Hoje, com dezenove anos, trabalha numa confeitaria, e, de quando em vez, faz uns voos até a Capital para o seu namorado. Nara se transformou num verdadeiro avião. Todos dizem.
Zara sempre estava pronta para ouvir os amigos. Eles sempre recorriam a ela para as suas lamentações – ela sempre tinha uma palavra de confiança. Zara, todas as noites, ajoelhada em seu quarto, conversa baixinho com quem pode ouvi-la de verdade. Zara carrega consigo uma luz própria. Todos dizem que ela é iluminada.
Paulo Francisco
Paulo Francisco
Elas
Claudia é uma mulher alta, loira de olhos claros. Executiva e ativa. Certo dia chegou ao escritório com os olhos vermelhos, cabelos presos, com a roupa desalinhada, todos queriam saber o que tinha acontecido com ela, mas poucos tinham essa liberdade. Uma colega, mais próxima, chegou com a seguinte observação: ¨ Todos estão achando que algo de muito ruim aconteceu pra você chegar assim.¨ Claudia sorriu e disse: ¨ Claro que aconteceu, tive que vim trabalhar.
Ela era assim: obrigação em primeiro lugar, a diversão podia continuar depois.
Wanda escolhia em seu porta-jóias uma pulseira para a ocasião, quando de repente exclamou: algema não! Wanda estava se preparando para ir ao seu terceiro casamento. Preferiu se adornar somente com os brincos. Nada de argolas que pudessem lembrá-la o que queria esquecer.
Ao olhar para o céu, Marli cerrou os olhos por causa da claridade. Ao voltar os olhos para ele, seu companheiro, viu uma imagem desfocada, cinza, a sua volta. Marli interpretara que com ele, ela jamais teria outra cor. Preferiu, então, o arco-íris.
Paulo Francisco
Ela era assim: obrigação em primeiro lugar, a diversão podia continuar depois.
Wanda escolhia em seu porta-jóias uma pulseira para a ocasião, quando de repente exclamou: algema não! Wanda estava se preparando para ir ao seu terceiro casamento. Preferiu se adornar somente com os brincos. Nada de argolas que pudessem lembrá-la o que queria esquecer.
Ao olhar para o céu, Marli cerrou os olhos por causa da claridade. Ao voltar os olhos para ele, seu companheiro, viu uma imagem desfocada, cinza, a sua volta. Marli interpretara que com ele, ela jamais teria outra cor. Preferiu, então, o arco-íris.
Paulo Francisco
Elas
Quando ela o percebia em sua íris, seus olhos lhe banhavam com a mais pura das águas. Clarisse, que sempre fora sonhadora, tem cheiro de flor e chora de amor.
Aida tem mais de quarenta, não parece, mas tem. Quando perguntam a sua idade, adora que as pessoas tentem adivinhar, pois tem certeza de que vão errar para baixo pelo menos uns cinco anos. Ontem, Aida correu para o seu médico - alguém chegou muito próximo de sua real/ idade. O que será dela, quando errarem pra mais?
Orgulhosa de ter educados três filhos e todos eles terem seguido uma carreira. Florinda senta em sua cadeira de balanço na sala e sorri ao ver os netos brincando. Florinda pensa: Agora é com vocês, já fiz a minha parte.
Janira recebeu a visita dos filhos que moram em outro país. Ela se esqueceu do mundo. Chorou ao recebê-los, passou a sorrir o tempo inteiro. Janira palpitava de felicidade. Mas, na hora da volta, ela chorou ao vê-los, novamente, partirem. Janira voltou a sua vida de antes: Ela sorri para o mundo e chora silenciosamente todos os dias de saudade.
Paulo Francisco
Aida tem mais de quarenta, não parece, mas tem. Quando perguntam a sua idade, adora que as pessoas tentem adivinhar, pois tem certeza de que vão errar para baixo pelo menos uns cinco anos. Ontem, Aida correu para o seu médico - alguém chegou muito próximo de sua real/ idade. O que será dela, quando errarem pra mais?
Orgulhosa de ter educados três filhos e todos eles terem seguido uma carreira. Florinda senta em sua cadeira de balanço na sala e sorri ao ver os netos brincando. Florinda pensa: Agora é com vocês, já fiz a minha parte.
Janira recebeu a visita dos filhos que moram em outro país. Ela se esqueceu do mundo. Chorou ao recebê-los, passou a sorrir o tempo inteiro. Janira palpitava de felicidade. Mas, na hora da volta, ela chorou ao vê-los, novamente, partirem. Janira voltou a sua vida de antes: Ela sorri para o mundo e chora silenciosamente todos os dias de saudade.
Paulo Francisco
Elas
Katarina chorou na festa de seu primeiro aniversário – teve medo do palhaço. Ela chorou em sua festa de doze anos – teve medo de ser mocinha. Também chorou quando debutou – teve medo de não ter um príncipe. Chorou, copiosamente, em seu casamento - teve medo de tanta felicidade. Katarina ainda chora – chora pra regar a alma. Ela tem medo de secar.
Margareth, sempre fora atirada pra vida. Nunca teve medo de nada. Enfrentava tudo a unha. Mas quando Margareth deu a luz, ela chorou e teve medo do mundo.
Mônica, mulher negra, alta e esportiva. Gosta de vôlei e sexo. Não necessariamente nessa ordem. Casou-se algumas vezes e perdera a conta dos namorados que já teve. Mônica, uma negra alta que chega às alturas por uma bola e por um beijo.
Verônica, mulher miúda e intrépida. Cresceu quase dois metros pra dizer cara-a-cara ao homem que mexeu com ela na rua. Verônica cresce diante do atrevimento alheio.
Paulo Francisco
Margareth, sempre fora atirada pra vida. Nunca teve medo de nada. Enfrentava tudo a unha. Mas quando Margareth deu a luz, ela chorou e teve medo do mundo.
Mônica, mulher negra, alta e esportiva. Gosta de vôlei e sexo. Não necessariamente nessa ordem. Casou-se algumas vezes e perdera a conta dos namorados que já teve. Mônica, uma negra alta que chega às alturas por uma bola e por um beijo.
Verônica, mulher miúda e intrépida. Cresceu quase dois metros pra dizer cara-a-cara ao homem que mexeu com ela na rua. Verônica cresce diante do atrevimento alheio.
Paulo Francisco
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