Era o derradeiro. Seu grito ecoava pela casa. No assoalho de madeira, roupas espalhadas, como se fossem dermes arrancadas. Sua pele ferida, por um amor perdido, manchava-se de sangue que aos poucos se diluía no piso frio do boxe, esvaindo-se para o ralo.
Os soluços se confundiam com o barulho da água batendo em seu corpo encolhido naquele ambiente esfumaçado.
De alma lavada, bastava-lhe recolher os cacos espalhados pela casa. E assim o fez.
Num transe absoluto, permanece deitado entre ninho de lençóis.
[silêncio]
Era o derradeiro. Seu grito ecoou pela casa.
Paulo Francisco
Forte...
ResponderExcluirBjos
Sinistro hem?
ResponderExcluire triste.
um beijinho
É assim mesmo a sensação, de derme arrancada e carne rasgada quando chega o ultimo suspiro do amor.
ResponderExcluirbjkas doces Paulo e boa semana.
Sinístro nada, isso é poesia do transe. Belíssimo texto! Abraço
ResponderExcluirDe um olhada
http://tossanphotos.blogspot.com.br/
Forte estee texto....
ResponderExcluirVenho agradecer sua visita ao
meu blogue e comentário.
Voltarei sempre que possa.
Irene Alves