Guardado


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Éramos silenciosos, secretos. Nos guardávamos em dias ensolarados e nos encontrávamos e nos despedíamos no começo dos crepúsculos. Não era por timidez, tampouco era por medo, era simplesmente necessário ficarmos invisíveis aos olhos alheios. E por outro lado, era bom pensar que estávamos em pecado. Estávamos?!  Pouco importava se sim ou não. A tesão era grande e o perigo também. Hoje, ficou somente a memória ainda secreta, guardada numa caixa azul. Não somos mais os mesmos. Há marcas vincadas mapeando a derme. Há sarcasmos em nossas conversas. Não somos mais os mesmos, mas quando  segredei na ponta da sua orelha o que sentia, ela olhou para mim e sorriu.

5 comentários:

  1. nunca gostei dessa coisa de segredinhos.

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  2. Se te fascina, eu odeio...E talvez por isso tanto sarcasmo.

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  3. Gostei de ver você mais presente no blog, agora, Paulo!
    Gosto dos seus textos.
    Muito boe!
    Abraços.

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  4. Olá Paulo querido



    Também adoro ver você mais por aqui, e também adoro seus escritos...
    E segredinhos ao pé do ouvido... Acho legal....


    Beijos
    Ani

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