A Lua encantava
as noites quentes de verão. Adorava aquela convivência quase tribal. As esteiras
de taboa improvisavam os nossos colchões. Todos no quintal, de papo pro ar,
numa prosa sem fim. Observava as estrelas sem a pretensão de entendê-las, apenas
as observava com olhos de menino. Os olhos no céu e as orelhas nas conversas
dos adultos.
- Paulinho, tá
vendo a Lua? Essa é Claudia, querendo compartilhar a emoção de vê-la brilhando
no seu céu.
- Paulo, a Lua
está tão linda. Você consegue vê-la daí? Essa é Maria a mais de cem quilômetros
de distância compartilhando sua alegria lunar.
Ainda hoje, a Lua
encanta as minhas noites de verão. Hoje, a Lua está em quarto-crescente – gosto
de vê-la se transformando a cada noite até está totalmente cheia e linda. Hoje,
já não deito em esteiras de palha. Aconchego-me na rede, observo as estrelas e
a Lua e adormeço embalado por ela.
Ainda hoje,
olho para o céu com os olhos de um menino.
A lua é minha confidente, adoro conversar com ela
ResponderExcluirLindo texto! Boa tarde Paulo.
Obrigado por compartilhar sua experiência e tornar o tópico tão acessível. Acompanhe as últimas tendências e análises sobre o Aviador em nosso blog.
ResponderExcluirVocê e suas amigas, as Marias que são muitas e de diversos lugares, longe ou perto não sabemos nem há pistas sobre isso. Acredito que deve haver alguma com uma atenção especial de sua parte, e para ludibriar a curiosidade alheia você generaliza, mas sabe muito bem a que você se dirige. A Lua é um elemento fantástico e procurá-la no céu noturno é um exercício prazeroso para quem a prestigia como você bem colocou no texto e eu me incluo nesses contempladores do Luar.
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