Abraços e afagos, quem não gosta?! Eu adoro. Em público, a
discrição era fundamental. Quando a encontrava, o meu abraço era levemente
apertado e o meu afago era um cheiro no pescoço e quando possível um selinho
discreto. Nosso comportamento, nosso código amoroso.
Por muitas luas, o céu marinho foi o nosso teto. Por muitos
sóis, a invisibilidade nos favorecia. Estávamos bobos de amor; estávamos
tremendo de medo. Medo porque sabíamos que não havia estrada para seguirmos juntos
e que na primeira encruzilhada, seria inevitável a despedida. Quando chegou a
hora, o vento foi o mensageiro de nossos desejos e desespero.
Eu segui sozinho, enquanto ela seguiu o seu caminho acompanhada por uma mão já conhecida.